Escritas 24.01.01
- Lu_rsr

- 8 de jan. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 16 de jan. de 2024
VIDA
Queremos definição, clareza, contornos, concretude.
Eis, então, nossa mais completa oração: que a vida seja a si mesma - Vida.
Não porque eu reduzo Vida à uma palavra, mas porque não há palavras que cuidem de sua grandeza, sua complexidade, sua diversidade, sua interconectividade. No oculto de suas formas análogas, de seus logos complementares, de suas vertigens sistêmicas, a Vida tange aquilo que nos é impossível e, ao mesmo tempo, indispensável.
Eu sou, para além de mim, um futuro que ao todo se conecta e ao tudo se interliga. Eu sou aquilo que fomos em feixes, em teias, em redes de experiências passadas. Eu sou aquele que criamos em nexos, em claves, em partilhas de circunstâncias deste presente.
Mais do que uma unidade de palavra, uma representação, um significado, a Vida carrega a imensidão dos Cosmos e a transmutação dos estímulos.
Podemos olhar para a Vida como ela é, nos reduzir a este indivíduo único, a esta percepção efêmera, a esta estima material. Assim como podemos enxergar a Vida em sua plenitude, nos propulsar ao cerne de nossas essências, de nossas relações, de nossas coexistências.
A formação da Vida – seu desenho, seu perfume, seu calor, seu engenho, seu deslumbre, seu valor – está naquele que a vive em comunhão do seu próprio existir.
Escrito por @Lu_RSR

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